A maior floresta urbana nativa do mundo abriga o Parque Estadual da Serra da Cantareira, com oito mil alqueires - o equivalente a oito mil campos de futebol. Existem três núcleos abertos para visitação. O Núcleo Pedra Grande - o primeiro aberto ao público (1989) com três trilhas: das Figueiras - com 1.200m de percurso variando de suave à íngreme, da Bica - com 1.500 m de percurso suave e Trilha da Pedra Grande - com 9.500 metros. O local possui ainda, diversos condomínios de alto padrão. A Serra é procurada por quem quer ficar longe do agito de São Paulo sem tirar totalmente o pé da correria paulistana. Opção de lazer também não falta. Bares e restaurantes convivem harmoniosamente com a diversidade natural.

O lugar começou com uma construção e venda de materiais de demolição. Hoje é o resultado da superação de muitos obstáculos, de uma boa dose de sacrifício, mas, sobretudo, de muito trabalho inspirado por Moacyr. O desbravador morreu em julho de 2000. No entanto, seu espírito permanece e tem, particularmente, na companheira Iracema e no filho Ubiratã, o Bira, seus principais continuadores.
Ao entrar no espaço, cercado por muros altos de tijolos, se encontra logo de cara um simpático café rústico, com uma escada em caracol. O lugar é inteiro inusitado, cheio de estátuas, chão de pedra e diversas lojinhas espalhadas pelo pátio que vendem desde antiguidades e artigos orientais, até roupas, jóias e artefatos de decoração. Depois das compras, é possível beber um chope e comer uma pizza ou experimentar uma canelinha - bebida de vodca envelhecida com canela, produzida na região – enquanto se joga sinuca. Passagem obrigatória é ainda o Restaurante As Véia, que ocupa um grande espaço nas dependências do Velhão. Ali, nada é comum: a construção do fogão à lenha, uma profusão de vasilhas de barro e panelões. Dá para comer de um tudo.
Próximo dali, no km 11 da Estrada Santa Inês, mais diversão: uma casa noturna. O clube Cally, famoso nos anos 90 por ser point de gente ilustre, voltou a funcionar na primeira quinzena de junho deste ano. A casa tem capacidade para 1.500 pessoas. Com 2.800 metros de terreno e 740 m2 de área construída, o Cally aposta em uma decoração sofisticada e na música eletrônica para voltar a ter a casa cheia. A antiga decoração inspirada em motivos mexicanos dá lugar a tendências européias com motivos espanhóis, no estilo de Antoni Gaudí, projetada por três artistas plásticos. A área externa tem uma tenda retrátil, onde fica uma das pistas de dança, que faz divisa com a reserva florestal.

Quiosques, chão de terra batida, muito verde em volta: é assim o Bar do Pedrão. O serviço é quase caseiro. Além dos quiosques, o Bar do Pedrão possui dois salões com lareira. Simples e aconchegantes. É um lugar de muitas faces: durante o dia, trilheiros; à noite, até por volta das 22 horas, famílias se reúnem para uma cerveja. Depois das onze, lota. E tem música ao vivo, em particular rock, reagge e pop, tudo dentro dos limites de som que as características da Serra exigem. No cardápio, pizza, calzonne, petiscos. Opções para quem quer jantar, ou só para ficar nos aperitivos. O Pedrão tem estacionamento próprio e os herdeiros do seu Pedro, que agora tocam o lugar, garantem: quem não é de bem não encontra espaço ali.

Saiba mais:
site do Velhão
site do Bar do Pedrão