sábado, 14 de junho de 2008

São Paulo em detalhes

Você sabia que próximo dos rios Tietê e Pinheiros tem um farol de navegação de 23 metros de altura? Conhece o bolão de papel da cidade ou a árvore de 13 troncos? Sabe que São Paulo ainda tem Maria Fumaça – em pleno funcionamento! – e tem também gado holandês? Pois é. A cidade dos prédios mais altos, do trânsito mais louco e da correria mais intensa pede para você parar por alguns minutos e conhecer os seus detalhes com suas histórias. O que segue é uma lista de dez curiosidades paulistanas que até mesmo os paulistanos desconhecem.

O bolão de papel

Esta bola de papel confunde-se com as outras 6.000 peças do acervo da Pinacoteca do Estado. Entre trabalhos de Cândido Portinari, Anita Malfati, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, a bola branca com quase três palmos de diâmetro chama a atenção dos visitantes na recepção do prédio projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, em 1897. Trata-se de uma brincadeira das funcionárias Luciene de Jesus Souza e Nalva Janeiro. Em março de 2004, elas começaram a fazer uma bolinha com as margens adesivas que sobravam dos ingressos. A “obra de arte” já possui mais de 200.000 papéis grudados e não pára de crescer. O museu recebe cerca de 33.000 visitantes por mês.


O Córrego da Traição

Em uma de suas andanças rumo ao interior do Estado, o bandeirante Borba Gato teria sofrido um emboscada armada pelo próprio filho adotivo. A cilada aconteceu às margens de um córrego que desaguava no Rio Pinheiros, que a partir desse dia ficou conhecido como o Córrego da Traição. É ali, no ponto de encontro entre o córrego e o rio, que está localizada a Usina Elevatória da Traição, responsável pelo bombeamento de água do Pinheiros para a Represa Billings, na Zona Sul.



Trem das dez


Construída nos Estados Unidos, em 1922, esta autêntica Maria-Fumaça circula pelos bairros da Mooca e do Brás. Seus passageiros podem optar por três categorias de cabine. O vagão da segunda classe, feito de madeira, é o mais simples deles. O da primeira tem lustres de bronze e banheiro, enquanto a cabine especial conta com sofás e poltronas estofadas. O passeio de Maria-Fumaça sai do Memorial do Imigrante (tel. 11 6692-1866) e dura vinte minutos. Está disponível das 10h às 17h , aos domingos e feriados.


A maior mesquita do País

Cinco vezes por dia, a oração árabe é entoada. Em cima de tapetes, os fiéis rezam ajoelhados na espaçosa construção com capacidade para até 1.000 pessoas. Ali dentro nem parece que se está em plena avenida do Estado. Inaugurada em 1956, a mesquita Brasil é o maior templo muçulmano do País e uma das mais belas contribuições da colônia árabe à cidade.







O Farol dos rios Tietê e Pinheiros


Até a década de 30, a área onde hoje está o bairro do Jaguaré pertencia ao arquiteto Henrique Dumont Villares. Ao lotear suas terras, ele escolheu o ponto mais alto para a construção de um farol com 23 metros. A obra, concluída em 1942, serviria para orientar a navegação dos rios Pinheiros e Tietê, além de aviões que passassem por ali. Esse trecho dos rios, no entanto, nunca recebeu barcos. Em 1998, a Sociedade Amigos do Jaguaré fez uma campanha para revitalizar o local, tombado pelo Patrimônio Histórico. O farol fica na Rua Salatiel de Campos.




A árvore de Treze Troncos


Esta figueira deixa muitos visitantes do Parque do Ibirapuera intrigados. Afinal como uma árvore pode ter tantos troncos? Freqüentador da região desde criança, o jornaleiro Pedro Favalle Filho, 73 anos, costuma tiras as dúvidas dos visitantes. “Apesar de não parecer, as toras são na verdade galhos”, diz. Segundo ele, quando a árvore foi plantada, há cerca de sessenta anos, alguns de seus ramos foram colocados dentro de bambus ocos presos ao solo. Os galhos cresceram, criaram raízes e estouraram os bambus, ficando parecidos com troncos.





Arte em Paraisópolis

Sem nunca ter ouvido falar de Antonio Gaudí, o porteiro Estevão da Conceição construiu uma casa bem ao estilo do arquiteto catalão. Juntou pedras, pedaços de louça, ladrilhos e tampas de garrafa para decorar as paredes e as colunas retorcidas de sua residência. A impressão é de que se está embaixo de uma enorme árvore colorida. A invencionice fica na favela de Paraisópolis, uma das maiores de São Paulo.




Gado Holandês dentro da cidade?


Acredite: em andanças pela capital ainda é possível deparar com cenas bucólicas como a da foto ao lado. O flagrante foi feito em uma chácara onde se cria gado holandês no bairro de Parelheiros, no extremo sul do município. Com 100.000 habitantes, entre eles 1.000 índios de duas aldeias guaranis, a região conserva o jeitão de zona rural.





A Bíblia e seu museu

Com um acervo de 3.000 peças, foi inaugurado em 2003 o Museu da Bíblia. Entre as atrações está um exemplar Veneziano de 1583, em latim. Outra curiosidade é a primeira tradução para a língua portuguesa, em volume único, de 1819. A visita ao museu, que fica em Barueri, é grátis. Tel. (11) 4168-6225




As sirenes de fábrica na Paulista


Este conjunto de sirenes foi usado durante a I Guerra Mundial para avisar os parisienses sobre ataques aéreos. Em 1938, o jornalista Cásper Líbero trouxe-as de Paris para São Paulo. Instaladas em cima do prédio do jornal A Gazeta, no Centro, elas eram acionadas todas as vezes que uma nova edição ficava pronta.Na década de 60, quando a redação foi transferida para o número 900 da Avenida Paulista, as sirenes passaram a ocupar o 17º andar, onde hoje ficam a Rádio e TV Gazeta. O jornal foi extinto em 1979, mas, para manter a tradição, o barulho continuo a soar diariamente ao meio-dia e é ouvido em quase toda a extensão da avenida e nas imediações.

Idealização: agência age
Fotos e textos: revista Veja SP
Realização: Morumbi Shopping

Um comentário:

Rotatividade disse...

Adorei o post Cláaaaaaa!!!!!
Tá marrrrraaaavilhoso! rsss
Beijocas